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13/08/2024

Leptospirose canina: como identificar e prevenir

Uma mesa de atendimento veterinário com um cão deitado com os sinais vitais monitorados.

A leptospirose é uma zoonose, ou seja, uma doença infecciosa que pode ser transmitida entre animais vertebrados e seres humanos, causada por espécies patogênicas da bactéria Leptospira spp.

Considerada um problema de saúde pública, é resultante principalmente de contextos socioeconômicos precários, sendo a zoonose mais difundida mundialmente, presente em quase todos os continentes, com exceção da Antártida.

A doença é perigosa para cães e humanos, com formas graves que podem levar a óbito. Continue lendo e entenda como ela é transmitida, sintomas, tratamentos e prevenção. 

Como o cachorro “pega” leptospirose canina? 

O agente da leptospirose é uma bactéria da ordem Espirochaetales, família Leptospiraceae e gênero Leptospira

Ela está presente em ambientes, principalmente nos que possuem deficiência de saneamento básico, quando o cão tem um contato propício com esses ambientes ele é infectado.

Os cães podem ser contaminados com leptospirose tendo contatos com a infecção por: urina, reprodução, transferência placentária, mordeduras, água, solo ou alimentos.

No ciclo da leptospirose os cachorros funcionam como reservatórios, sendo comum serem considerados hospedeiros de manutenção, perpetuando o agente infeccioso em um determinado ecossistema. 

Quais são os sintomas de leptospirose em cães?

Os sintomas da leptospirose em cães variam conforme o tipo de bactéria que os infectou e a formas da doença, geralmente divididas em: aguda, subaguda e crônica.

Nos casos mais leves, os sintomas variam de febre a desidratação, já nos agudos, pode haver disfunção da coagulação que resultará em choque e óbito. 

A maioria dos casos, em sua forma crônica, apresenta quadros de insuficiência renal e hepática.

Os sintomas mais comuns da leptospirose canina são:

  • Febre alta;
  • Fraqueza e apatia;
  • Vômitos e diarreias (com ou sem sangue);
  • Dor muscular e articular;
  • Perda de apetite;
  • Icterícia (amarelamento da pele e mucosas);
  • Sangramento no nariz e nas gengivas;
  • Insuficiência renal e hepática.

O diagnóstico da leptospirose canina é realizado com base nas informações clínico-epidemiológicas e exames laboratoriais.

Leptospirose canina tem cura?

Sim! A leptospirose canina pode ser curada, contudo, o prognóstico depende de fatores, como gravidade da doença, tempo de tratamento e saúde geral do cão.

Em casos de diagnóstico e tratamento precoces, a maioria dos pets se recupera completamente, porém ainda nesses casos não são descartadas as complicações graves, que podem ser fatais.

É importante levar o cão ao veterinário imediatamente se ele apresentar sintomas da leptospirose, pois o tratamento precoce aumenta as chances de recuperação completa e evita o contágio da doença.

Tratamento de leptospirose em cães

O tratamento da leptospirose canina se baseia na reposição do equilíbrio hidroeletrolítico, energético e na antibioticoterapia, visando eliminar a bactéria do organismo e controlar os sintomas da doença.

Isso quer dizer que o cão passará por terapia antibiótica, com diferentes tipos e formulações de antibióticos, e de suporte conforme a evolução de cada quadro clínico. Podendo ser separado em:

  1. Administração de antibióticos;
  2. Suporte de fluidos;
  3. Medicamentos para controlar os sintomas;
  4. Cuidados de suporte, como repouso, monitoramento e dieta.
Um cão em cima de uma superfície, com uma veterinária aplicando uma injeção.

Como prevenir a leptospirose canina

A prevenção da leptospirose é importante para nossos cães e família, e para a sociedade, por auxiliar no controle da zoonose. 

Além de medidas como vacinação, controle da população animal de rua e saneamento básico, há medidas que podem ser tomadas por cada tutor, como:

  • Vacinação: para cães há vacinas polivalentes como a V8, V10, V11, V10 e a V12 e ainda a vacina específicas contra a Leptospirose.
  • Limpeza: mantenha os objetos e locais do seu cão limpos, principalmente quintais e recipientes de água, para não ter contato direto com as fezes e urina. 
  • Controle a exposição do cachorro a contaminação: não deixe que ele beba água de locais não confiáveis ou tenha contato com animais não vacinados.

A prevenção da Leptospirose é essencial para os cães e humanos, precisa vacinar seu cão? Ou de atendimento? Entre em contato com nossa equipe.

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Fontes consultadas ou citadas:

CASTRO, J.R. et al. Leptospirose canina – Revisão de literatura. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 31, Ed. 136, Art. 919, 2010. 

REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN 1679-7353 Ano XVII – Número 34 – JANEIRO de 2020 – Periódico Semestral 

TRATAMENTO DA LEPTOSPIROSE CANINA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. MV. Orlando M. Mariani1 *, MV. Dr. Paulo C. Ciarlini2 , MV. Elaine C. Stupak1 , MV. Dr. Cristiane S. Honsho1 , MV. Jessica C. Barros1 , MV. Natacha A. Alexandre1

Bem-estar animal, Saúde canina, Saúde veterinária
About Indianara Rocha

Indianara Rocha Graduada em letras pela UTFPR. Pós-graduada em Copywriting e Escrita Criativa. Com mais de 10 anos de experiência em escrita em plataformas digitais. Revisão/Curadoria: Fabiana Gubert Médica Veterinária formada pela PUC PR. Pós-graduada em Bem-estar e Comportamento Animal. Mãe de 5 pets (Sophie, Yumi, Mia, Sushi e Madruguinha).

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