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26/09/2022

Alimentos com propenoglicol – entenda mais sobre essa substância

Recentemente, o Departamento de Inspeção de Produtos de origem Animal do Ministério da Agricultura (Mapa) determinou a imediata suspensão do uso de lotes alimentícios derivados da matéria-prima propilenoglicol, adquiridos da empresa Tecno Clean Industrial LTDA.

Essa medida foi tomada após diversos cães terem sofrido intoxicações alimentares ao ingerirem petiscos que possuíam esse ingrediente em sua composição, levando muitos tutores a ficarem preocupados.

Entretanto, o que causou a intoxicação foi que, alimentos com o propilenoglicol, foram contaminados por outra substância chamada de etilenoglicol, essa, sim, altamente nociva à saúde dos pets.

Mas não se preocupe! O Clube Pets não trabalha com nenhum dos produtos que apresentaram essa substância.

Iremos explicar mais sobre essa situação nesse post.

O que é o propilenoglicol?

O propilenoglicol é uma matéria-prima utilizada em diversos alimentos, tanto para animais quanto para pessoas. Na maioria dos casos, essa substância é utilizada em alimentos para dar a sensação de que ele está úmido.

Vários alimentos levam o propilenoglicol em sua composição, como, por exemplo:

– Panetones;

– Barras de cereal;

– Bolachas;

– Massa de bolo;

– Alguns laticínios;

Outra função do propilenoglicol dentro do ramo alimentício é sua utilização para garantir a qualidade dos alimentos por mais tempo. Por sua composição, esse produto ajuda na retenção de água nos alimentos, permitindo que fiquem frescos por mais tempo.

No caso da alimentação dos animais, a situação é muito semelhante. Para manter a característica mais úmida em diversas comidas como rações e petiscos, além de reter os líquidos para prologar a qualidade do alimento, usa-se o propilenoglicol.

Assim, a utilização do propilenoglicol nos produtos caninos, deixa os grãos das rações ou dos petiscos, mais suaves para serem mordidos.

E qual é o produto que causou a intoxicação nos cães?

De acordo com as perícias realizadas pelo Ministério da Agricultura, em vários lotes de produtos alimentícios para cães adquiridos da empresa Tecno Clean, o propilenoglicol foi contaminado por outra substância chamada etilenoglicol.

O etilenoglicol é um tipo de álcool e pode ser utilizado em automóveis, para evitar o congelamento do sistema de arrefecimento do automóvel. Ele também pode ser encontrado como um solvente orgânico.

Portanto, a ingestão do etilenoglicol é altamente tóxica, tanto para humanos como para animais e precisa ser tratada com urgência.

Em 2020, por conta do vazamento do etilenoglicol em bebidas de uma cervejaria, 29 pessoas foram intoxicadas pela substância, das quais sete vieram a óbito. De acordo com a matéria publicada pelo jornal Estado de Minas, a contaminação ocorreu por conta de um vazamento em um tanque de resfriamento em que se encontravam os produtos.

Quais são os sinais que o cão pode apresentar?

Conforme publicado no site do Conselho Federal de Medicina Veterinária, é importante notar os seguintes sinais que podem indicar se seu cão pode ter sido vítima dessa intoxicação. Nesses casos, é crucial que o tutor leve seu pet para o veterinário imediatamente. Os sinais listados são:

– Comprometimento hepático;

– Vômito;

– Diarreia;

– Abatimento;

– Prostração.

Ainda de acordo com o CFMV, o quadro pode evoluir rapidamente para insuficiência renal, podendo levar o animal a óbito em menos de 72 horas. Por isso, reforçamos que ao sinal de qualquer um desses sintomas, procure um veterinário.

Além desses sinais, o CFMV também recomenda observar com atenção o surgimento de outros sintomas como:

– Quadro de depressão;

– Dificuldades em caminhar;

– Sinais de agressividade;

– Queda na temperatura corporal;

– Respiração rápida e rasa;

– Aumento na ingestão de água.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

De acordo com o CFMV, o médico-veterinário, assim que suspeitar ou identificar a intoxicação pelos alimentos contaminados, irá avaliar o quadro clínico do cão.

Para encontrar o melhor tratamento, o profissional irá realizar um exame clínico completo, realizando exames complementares, analisando o histórico médico completo do animal e manter o monitoramento para possíveis mudanças no quadro.

As condutas para o tratamento podem variar:

– Indução de vômito;

– Lavagem gástrica;

– Aplicação de uma medicação;

– Correção do equilíbrio ácido-base.

– Diálise peritoneal;

– Hemodiálise;

– Diminuição do edema pulmonar;

– Terapia emergencial de suporte à vida.

O Clube Pets trabalha com os produtos desses lotes contaminados?

Reforçando o que falamos no início desse post, o Clube Pets não trabalha com qualquer produto dessas linhas que foram contaminadas.

Tomamos medidas de segurança para garantir que nenhum dos nossos alimentos façam mal para os cães, garantindo seu bem-estar.

Para mais informações entre em contato conosco pelo WhatsApp no telefone 41 99181-5028.

Referências

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Acesso em: 20/09/2022. Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias-2022/mapa-determina-suspensao-de-uso-de-lotes-de-propilenoglicol-na-fabricacao-de-produtos-para-alimentacao-animal>

Conselho Federal de Medicina Veterinária. Acesso em: 20/09/2022. Disponível em: < https://www.cfmv.gov.br/conduta-no-tratamento-de-animais-suspeitos-de-intoxicacao-por-petiscos-contaminados/comunicacao/noticias/2022/09/06/>

Jornal Estado de Minas. Acesso em 20/09/2022. Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/06/10/interna_gerais,1155364/caso-backer-saiba-como-a-policia-detectou-causa-de-contaminacao-de-ce.shtml>

 

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